quarta-feira, 28 de julho de 2010

Conheça as dez maiores descobertas da arqueologia

Qui, 08 Jul, 05h37

Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil

Entre os achados na área da arqueologia anunciados todos os anos, quais seriam os que revolucionaram a ciência? Aqueles que descobriram como era o nosso passado, desvendaram a evolução da espécie ou colocaram mais dúvidas no quebra-cabeça sobre a civilização humana na Terra. Uma missão entre tantos objetos intactos, cidades inteiras e seres escavados. Mas não impossível. Com a ajuda do arqueólogo Pedro Paulo Abreu Funari, atual professor do Departamento de História da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e membro de instituições internacionais do mundo inteiro, selecionamos as dez maiores descobertas da arqueologia de todos os tempos - ou até hoje.

De acordo com Funari, a importância de uma descoberta é maior quanto mais excepcional ela é - rara, peças encontradas em série ou em ótimo estado de conservação. A questão é: como os arqueólogos explicam a funcionalidade do achado como, por exemplo, o que significavam as pinturas rupestres - desenhos feitos pelos homens há milhares de anos? "Quando não existe nada escrito por aquele povo explicando o significado, são elaboradas hipóteses", explica o professor. "Algumas parecem mais seguras. As pinturas rupestres de pessoas dançando em torno de um toten foram interpretadas de acordo com o comportamento de certos tribos índigenas atuais. Pode ser uma prática social semelhante relacionada a divindades", conta. Nesse caso, os cientistas procuram em povos que possuem costumes mais antigos situações parecidas para explicar os achados.

Apesar de tudo o que foi escavado até hoje ou que se perdeu por inúmeros motivos, ainda há muito o que ser descoberto. "A quantidade de coisas que estão enterradas em qualquer lugar do mundo é muito grande. Na Europa, os romanos construíram diversos edifícios imensos. Em São Paulo, qualquer buraco que o Metrô faz para realizar novas estações encontra objetos", conta Funari. Atualmente, a tecnologia ajuda a descobrir se há preciosidades enterradas no solo e, depois, datar com mais precisão ou estudar o interior do ser ou objeto com menos invasão. "Conseguimos até verificar restos de comida em vasos antigos de cerâmica ou o que a pessoa comeu por meio dos restos mortais", afirma o pesquisador.

Veja as dez maiores descobertas da arqueologia:
 
Busto de Nefertiti
Geralmente, os egípcios eram representados com a mesma fisionomia. Diferente desse costume, a imagem da bonita mulher do rei Akhenaton, predecessor do monoteísmo dos judeus, não foi idealizada. Ao que tudo indica, é uma cópia da feição da rainha.

Jericó
Alguns estudiosos afirmam que é a cidade mais antiga do mundo, habitada desde 7 mil a.C e citada na Bíblia. De acordo com a publicação, as muralhas que circundavam Jericó, encontradas por pesquisadores, teriam sido destruídas pelo toque de trombetas.

Lucy
O fóssil de um hominídeo feminino, apelidado de Lucy, foi o primeiro esqueleto mais completo de um antigo ancestral direto do homem de hoje encontrado. Estima-se que ela viveu há 3,2 milhões de anos e andava em pé. Sua descoberta ajuda a desvendar a evolução da espécie humana.

Luzia
O crânio de 11.500 anos de uma mulher (Homo sapiens), desenterrado em Minas Gerais, revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente americano. Sugeriu que os humanos, com traços negróides, migraram para a América três milênios antes dos antecessores dos índios.

Palenque
Quando os espanhóis chegaram na América, os maias já haviam abandonado suas cidades. Na Península de Yucatán, em meio a uma floresta tropical, Palenque é uma das zonas arqueológicas mais importantes de vestígios maias. Foi descoberta no século 19.

Parque Nacional Serra da Capivara
O homem já vivia na região do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, há 100 mil anos - foram cadastrados 1.301 sítios arqueológicos e 292 vestígios como aldeias. No local, duas figuras rupestres possuem 36 mil anos. "A descoberta derrubou a teoria de que a América do Norte teria sido povoada inicialmente e somente por volta de 15 mil anos atrás os homens teriam chegado à América do Sul", explica a arqueóloga Niéde Guidon, diretora presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham).

Pedra Roseta
A Pedra Roseta não foi encontrada por arqueólogos, mas por uma expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito no final de 1799. Um decreto escrito em hieróglifos, demótico e grego foi gravado na pedra em 196 a.C. Assim, conseguiu-se traduzir os hieróglifos. 

Pompéia 
 Dia 24 de agosto de 79, Plínio, com cerca de 20 anos, descreveu a erupção do vulcão Vesúvio da cidade de Miseno, há 30 km de Pompéia. No século 18, a história tida como lenda, revelou-se verdadeira. Uma cidade inteira - construções, objetos pessoais, pinturas - de 10 mil habitantes manteve-se praticamente intacta abaixo de 40 metros do solo. 

Roma 
 Roma, fundada no século 8 a.C, é o berço do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). "No subsolo da cidade existe muita coisa, a cada metro de profundidade, volta-se no tempo. Oito metros abaixo do nível atual do solo estão objetos e ruínas de dois mil anos atrás", conta Funari. 

Tumba de Tutankamon 
 O faraó egípcio Tutankamon faleceu jovem, por isso reinou por pouco tempo. Mas a sua tumba é considerada uma preciosidade, foi a única de um faraó encontrada, no século 20, completamente preservada por 3 mil anos. A maioria foi saqueada na antiguidade. Junto com o corpo estava o sarcófago, o enxoval - objetos enterrados junto com os reis -, pinturas nas paredes, entre outros bens, inclusive um feto. 

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